Na Valsa da Tempestade
A luz de tua ira ilumina o meu caminho
A fúria de teus mares sim me leva muito além
O rancor de tua tormenta só me serve muito bem
É apenas água doce que me serve com carinho
Tuas ondas de agonia me transportam para o céu
E o eco do teu grito me permite flutuar
Contra a batida de teu peito ainda posso navegar
E contra o brilho de teu olho velejar como se ao léu
E é na queda de teu tom que resplandece a melodia
Que brada forte o meu nome e me torna uma lenda
Pois não há nada no mundo que em qualquer lugar me prenda
E tão pouco há ofensa que me quebre a sinfonia
O sabor de tua espuma ora me afoga em tua chuva
E a valsa de teu ser ora me abraça como quer
E no seio de teus peixes e do que mais me trouxer
Só me resta tua areia que me serve como luva
E do teu nome, com carinho, eu jamais hei de esquecer
O amor que me trouxera e pelo qual eu naveguei
Embora eu lhe garanta nunca eu pronunciei
Em teu nome é onde eu vou viver.