A NEGRA POLUIÇÃO

A NEGRA POLUIÇÃO
 
Sentados em círculos em grandes cadeirões
Em Plenários Congressos ou Comissões
Senhores de grandes pensares 
Donde saem papeis timbrados
Com leis normas ou opiniões
Sem nunca terem reais aplicações.
E o nosso Planeta treme a cada ano que passa 
Por tanto desrespeito há Natureza 
Fazendo autênticos crimes e atentados
Ao nosso reino humano
E com as mãos manchadas de negro
De resíduos como alcatrão
E outros que ainda mais serão
Que veem nas águas dos nossos oceanos
Em marés negras, tão negras como a morte
Trazidas por marés vivas
Tão vivas e agitadas que há sua passagem
Se cola pestilentamente às nossas mãos.
E sem nada fazermos caminhamos
Sem destino para buracos escuros
Como se fossemos marionetas
Puxados por cordelinhos entrelaçados.
Umas vezes para a esquerda 
Outras vezes para a direita 
Com grandes olhos 
Que por vezes os fechamos 
Porque não queremos ver
E lá vamos andando
Com a cabeça entre os ombros
Mas chorando chorando 
Como o ambiente poluente 
Sem pouco ou nada fazer
Para salvar esta vida na Terra
Desta enorme negra Poluição.
 
(Carlos Fernandes)
 
 
 
 
Género: