Nenhum pasto aqui

Eu poli minha mente
com espetaculares pensamentos
eu descobri pelo megafone a voz que acariciava a minha alegria
eu proclamei a cada ser humano
sua anistia predileta
eu implorei a Deus, multiplicar mais cores no arco-íris que desejo
pedi ao vidraceiro o espelho que ainda não me vejo
não me canso de ir à feira procurar a fruta, com o gosto do teu beijo
eu contei aos meus prediletos amores, poucos segredos
a perversidade é colírio nos teus olhos
quando o amor tem prazo de validade
a verdade é jogo de tabuleiro
que muitos não jogam à vontade
onde o circo e o curral surpreendem mais os expectadores
onde todo tipo de cercado é natural
onde se vive extasiado pelos pares de sapato
que não levam a lugar nenhum
devido à selvageria dos espinhos do caminho
ainda há quem ajude
quem tem sonhos de menino?
O sol nasceu para todos
mas morreu o cabaceiro
já a sombra sucumbiu ao calor desumano
de muitos terroristas
que se apague logo esse mundo sem paz no interruptor divino
talvez para sempre, ser agraciado
na era glacial deste desejo
que demonstra dores ancestrais
o idiota quer ser Deus
o hipócrita algo a mais
enquanto a mim
sou um estrangeiro sem nação
não tenho nenhum pasto aqui.

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