NEVOEIRO

 

NEVOEIRO

 

Hoje o Nevoeiro cobre a cidade,

e eu continuo nessa obscuridade,

ainda sem entender e por isso mesmo,

essa minha total inconformidade.

 

Mas agora isso já é parte de mim,

e se pudesse queria ser um Curumim,

pra ficar cuidando de Jasmim,

e cultivar um lindo Jardim.

 

Nevoeiro que vira e mexe aparece,

pra lembrar o que afinal não se esquece,

e minha alma se esvaece,

e meu coração se amolece,

nessa amargura que só me entristece.

 

O Tempo passa tão depressa,

e eu sem a minima pressa,

porque a Vida tá revessa,

porque o Nevoeiro do nada confessa,

que o caminho agora é por uma

estreita travessa.

 

As vezes fica tudo sem sentido,

por tudo aquilo que foi vivido,

e que foi por mim nutrido,

mas que realidade foi perdido,

porque era uma ilusão minha

e eu pensei que tinha acontecido.

 

È assim o Nevoeiro traiçoeiro,

que faz questão de sempre se apresentar,

pra fazer a tristeza transbordar,

dessas minhas lembranças

que não querem se dissipar.

 

Marco Aurelio Tisi

 

( 30/05/2013 )

 

 

 

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