Nevoeiro
Autor: Diana Santos on Friday, 20 May 2016
A chuva escoa levemente
Na janela pelo vento fustigada,
Lavando pavorosamente
A alma anteriormente destroçada.
O rio abraça ternamente
As lágrimas que do céu escaparam,
Como gotas envergonhadas da mente
Que no passado o futuro adivinharam.
O nevoeiro instala-se na sabedoria
Dos seres donos da verdade,
Meras cobaias da ignorada monotonia.
A leviandade passeia na multidão
E esguia por entre a saudade
Para não sentir a ambígua solidão.
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