No castelo de minha loucura
No castelo da minha loucura
No castelo de minha loucura
Dei gritos de bravura
Rei de espadas, sem receios
Rei de copas, sem armadura
No alto do castelo de minha loucura
Ecoam uivos no tempo infindo
Lobos famintos, perdidos na floresta
Lendas escritas no tempo perduram
Senti garras de lobos, ferindo a perfeita loucura
Gralhas e corvos, escurecem os céus
Chovem setas e pedras, catapultas de frio granito
Derrubam muralhas de minha amargura
Na torre de menagem
Recorto as ameias de juízo perfeito
Chamam-me louco, por não deixar entrar ninguém
No castelo onde durmo e na loucura me deleito
Rei de espadas, esgrimindo sua loucura
Ouve gritos de famintos
Sem ouro nem prata
Sem forais searas e especiarias
Ou soldados corajosos de bravura
No alto no castelo da minha loucura
Sou rei de copas
Sonhando com damas pérfidas
Sentindo metáforas moribundas
Que da mente não saem
Escritas em desalento
Escritas em desalinho
Sou rei de copas, embriagado
Pelo paladar do vinho.