No meio de tudo e de nada...

No meio de tudo e de nada

 

Descanso na penumbra do olhar,
Pernoito no silêncio do meu pensamento.
Escuto o gemido das promessas feitas
E atiro para longe as sensações voláteis,
Da esperança que depositei na vida.
Sofro por já não conseguir sonhar,
Por não reter as lágrimas perdidas,
E não conseguir reencontrar-me.
Resta o dilema constrangedor
E o pesado silêncio de não voltar a viver.
Fica uma espécie de vida perdida
Na imensidão deste deserto esquecido
No meio de tudo e de nada.

 

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