No pasto dos meus silêncios

No pasto dos meus silêncios renasce o dia frondoso e emancipado
No alfobre das palavras guardo cada centímetro de um sussurro enamorado
Em todos os vácuos do tempo meço a distância entre cada vazio aromatizado
 
No pasto dos silêncios alimenta-se a diabrura contida numa rima reconciliada
Algema-se a memória  tão prenhe de palavras voláteis e remasterizadas
Desaguam numa cachoeira de gargalhadas, arrojadas…tão domesticadas
 
No pasto dos silêncios vadiam inclementes aguaceiros de ecos sobredotados
Rondam os horizontes celestiais flutuando num lamento bem sincronizado
Apascentam todos os afagos apaziguantes serenos e insubordinados
 
FC
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