No pasto dos meus silêncios
Autor: Frederico De Castro on Monday, 17 October 2022
No pasto dos meus silêncios renasce o dia frondoso e emancipado
No alfobre das palavras guardo cada centímetro de um sussurro enamorado
Em todos os vácuos do tempo meço a distância entre cada vazio aromatizado
No pasto dos silêncios alimenta-se a diabrura contida numa rima reconciliada
Algema-se a memória tão prenhe de palavras voláteis e remasterizadas
Desaguam numa cachoeira de gargalhadas, arrojadas…tão domesticadas
No pasto dos silêncios vadiam inclementes aguaceiros de ecos sobredotados
Rondam os horizontes celestiais flutuando num lamento bem sincronizado
Apascentam todos os afagos apaziguantes serenos e insubordinados
FC
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