No silêncio das casuarinas
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 17 November 2016
Esbelta delicada
compartilhas neste dia
todo perfume cacheado
nas flores rompendo o
amendoado silêncio lisonjeado
Ornamentas meus jardins
resguardando todo a extensão
colorida embebida na percepção
do equatorial e dançarino gemido
ecoando nos ventos felizes da
vida se entregando numa
esplendorosa e perfeita concepção
Reabilitas os sambas e sembas
mordendo a epiderme do tempo
quando batucamos na calada da noite
com brados e cânticos longínquos
num acorde sensual e desenfreado
afagando e florindo o tronco de
cada silêncio esfomeado
grunhindo num adocicado calafrio
fluindo em nós aveludado
Cheguei, calado
de mansinho pra não
despertar o silêncio das casuarinas
Recompensei-te com abraços
atrevidos
atados às cordas do meu violão
ladeado de versos ávidos
servidos na bandeja de cada
renovada esperança despertando
na génese da vida erigida em
todo silêncio desaguando no pote
do tempo hoje…aqui saltitando
embriagado
FC
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