_NO TURBILHÃO_
Autor: Antero de Quental on Sunday, 6 January 2013
No meu sonho desfilam as visões, Espectros dos meus proprios pensamentos, Como um bando levado pelos ventos, Arrebatado em vastos turbilhões... Numa espiral, de estranhas contorsões, E donde sáem gritos e lamentos, Vejo-os passar, em grupos nevoentos, Distingo-lhes, a espaços, as feições... --Fantasmas de mim mesmo e da minha alma, Que me fitaes com formidavel calma, Levados na onda turva do escarceo, Quem sois vós, meus irmãos e meus algozes? Quem sois, visões miserrimas e atrozes? Ai de mim! ai de mim! e quem sou eu?!...
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