O começo

Que renasçam as memórias mornas
Das cinzas de lembranças antiquadas
E pouco ardilosas à terra.

Que renasçam vontades chocantes
Aos que pouca luz agora têm
Em retinas cegas com umbras.

Que renasçam os desejos de um sonho
Tido em criança, uma jornada tão sã
Que domina montanhas e marés.

Que renasça o amor de uma prisão
De frio tão frio, uma corrente
Invernal e isolada do Céu.

Mas já renasceu em ti Ninfa.

Cresçamos, criarmos e renovemos
O que de arcaicos pensamentos
Permaneceu oculto e temido.

A Pureza é imunda, pois sou humano,
Mas contigo sou tudo o que devo ser;
Daremos início ao que é o começo.

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