O enigma da timidez

Dentro da timidez há uma grande insensatez

De uma voz que não fala um pensamento que não cala

De uma pele tensa que guarda uma alma intensa

Da habilidade de conviver com a dualidade

De um sagrado quase profano, de um rock em tom soprano

De uma aparência passiva, que permeia uma latência lasciva

De um ardor em chamas, de um clamor que tudo ama

De ver o que não toca e de tocar o que não vê

Da distância quase próxima, da inconstância quase pródiga

De sentir, omitir e não ir além de tudo aquilo que se acha aquém

Na busca que se entrega, na faísca que não nega

De corar em um disfarce, o decorar de cada face

Da distração atenta que tenta a atração

Dos detalhes imperceptíveis em encaixes sensíveis

De criar seus versos do mundo e se embriagar de seu universo profundo

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Comentários

Afinal a timidez

pode tornar-se

em poesia

extrovertida.

 

Saudações de Boas Vindas!

 

_AbílioH

De fato, poesia é o melhor caminho para os tímidos!  Agradeço a visita!

A timidez sai e cumprimenta a poesia.

Lindo poema!

Abraços poéticos!