O ilegal de Lisboa

Tens nome talvez de beto,
És filho bastardo da mais bela das mulheres,
Vives a cultura das culturas das variadíssimas culturas portuguesas mesmo muito para lá de Camões.
És o restaurante chinês ilegal,
És aquela loja onde talvez possamos a vida.
 
És o talvez eterno ilegal de Lisboa,
Que alguém nomeou terra de alguém,
Vives de uma beleza sem Belém,
Até ao dia em que o homem aí já voa.
 
És tu a terra que nunca se apregoa,
Que alguém chamou terra de ninguém,
Do cozido à portuguesa à quinoa,
Talvez sejas um mal que veio por bem.
 
Hnnnnffff,
Vida boa nesta terra,
Agora sim chegou a cabeça,
Entre estudo e vida vivem muitos fora da terra e dentro do céu,
Ou se calhar…
Bem,
Reprovam-se mais faltas de sabe-se lá o quê,
Talvez sejas a terra do bravo,
Mas há sequer Alfama em ti nesse teu canto?
 
Seja(s) como for és terra de visitas inocentes,
Porque talvez seja engraçadamente giro,
Hás-de morrer a ser todo o nosso país.
És muito desorganizado como qualquer necessidade que conhecemos como todos nós conhecemos,
Resumes a cidade em reais partes,
Mas talvez sejas um perigo para a gente… pff,
Cães na rua, pessoas na rua,
Vive-se mais nas boas coisas e tu con(cordas).
 
Pois muito bem, que se faça farinha,
A ver se por aqui não se anda na linha,
Pois ainda não se sabe, o que és de terra.
 
Tudo por tudo o que não se avizinha,
Para se ter o que a nossa Lisboa já tinha
Bem para dar-te a vida, que não aterra.
 
Talvez deixes de ter nome de beto,
Talvez obtenhas o mais recente visto,
Logo se vê ou… diz,
Que sejas somente “O de Lisboa”.
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