O jeito do que sinto

Para a poesia não tenho jeito.
Mas o jeito é o que sinto,
Quando sinto, aquele jeito
Que me dás.
Aquele efeito!
É o que sinto.
É o meu jeito.
 
Este efeito do que sinto
Do meu jeito e que consinto.
A ele fico sujeito!
 
Mesmo sem jeito
Tinto e distinto
Ponho-me a jeito!
 
Até pressinto
Que de qualquer jeito
Entro no labirinto.
 
Abraço o instinto
Fico faminto
Do teu jeito
E não o enjeito
Não contrafeito
Sinto e ressinto
O meu e o teu jeito.
 
Ponho-me a jeito
Assinto, consinto
E não te minto!
É este o meu jeito!
 
José Moreiras

30SET2021

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