*O Marquez de Pombal*
Autor: Joaquim de Melo... on Wednesday, 14 November 2012
_Le Roi Faineant_ cerrará os olhos
E partira entre nuvens para o ceu
Surge, depois, na côrte um escarceu
Que brame da vingança nos escolhos
D'altas vagas de bronze nos refolhos
Poz a Intriga um galeão como trofeu
A effigie de Pombal tinha em labeu
Jaz na poeira, no olvido, e nos abrolhos.
Então a Inveja alastra a baba escura
Qual serpente, que as roscas ennovela
E a empreza do ministro transfigura.
Entretanto o Marquez com amargura
Diz fitando a grosseira caravella:
--_Lá te vaes Portugal agora á véla._--
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