*O Marquez de Pombal*

      _Le Roi Faineant_ cerrará os olhos
      E partira entre nuvens para o ceu
      Surge, depois, na côrte um escarceu
      Que brame da vingança nos escolhos

      D'altas vagas de bronze nos refolhos
      Poz a Intriga um galeão como trofeu
      A effigie de Pombal tinha em labeu
      Jaz na poeira, no olvido, e nos abrolhos.

      Então a Inveja alastra a baba escura
      Qual serpente, que as roscas ennovela
      E a empreza do ministro transfigura.

      Entretanto o Marquez com amargura
      Diz fitando a grosseira caravella:
      --_Lá te vaes Portugal agora á véla._--

Género: