O Náufrago Penoso

Ocultaria de ossos sangrentos,
a cerimônia festiva dos ventos.
Oh, amada, sua ausência carrega
toneladas de amargor, que nega
a apoteose da paixão, o véu
queimado do suicídio do céu;
tempestade opaca, sussurra
o murmúrio da voz que urra
o tormento dos mares sombrios.
Semeada a vontade de amar, só
o coração morre, a forca do nó,
eliminou a possível retratação
da remota ideia de sublimação.
A folha da árvore de outono
foi-se embora com o sono.
Não consigo mais descansar
quando a alma inferniza meu penar.

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