O perigo do corpo a fluir…

O perigo do corpo a fluir…

Entrego-me explosiva, em labareda viva,

morde a minha carne,

bebe-me de Amor.

Rasteja o teu corpo,

mergulha na minha fonte,

dá-me a mão que bate a

todo o tempo o tambor

do Amor.

Amo –te.

 

Invento o sentido,

a direção,

a velocidade,

o tempo,

o Agora

e recaio em flecha

no teu corpo,

perfuro a tua lua

cintilante no teu olhar.

Amo-te.

 

Beija os meus lábios molhados,

de loucuras,

devaneios,

de sabor a sal doce,

de Tanto em Tanto

bebo-te de Onde a Quando,

até,

até o cansaço tomar conta de mim.

Amo-te.

 

Carícia,

recorte de lábio,

recorte de folha que envolve a pele.

Ternura,

escreve-me em pele nua,

em extremidade intensiva

do momento.

Amo-te.

 

Ter-te ausente em presente espírito

basta.

Tocas-me notas de sedução

em melodias de paixão

e dentro do ar que inspiro e expiro,

trocas o fôlego do beijo

por entre desejos.

Amo-te.

 

Amo-te em duas sílabas de Amor.

 

Gila Moreira 19/09/2013

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