O Que Acontece Dentro do Meu Sorriso ao Olhar o Céu

Eu sou a pedra em frente ao espelho.

Meus pés calejados trouxeram-me aqui

E minha pele que nem calor e frio sabe distinguir

Destituiu a brandura dos meus desejos.

 

Eu estava procurando inspiração

Em cada faísca das estrelas.

O tempo, ministro diuturno,

Em ruas desertas,

Apontou-me as constelações.

Não foi difícil perceber:

Aldebarã não brilha tanto

Entre luzes foscas.

 

Eu que vivo hoje, já não sorrio ao te ver pelo caminho.

Eu sei sobre tudo o que não queria saber.

Esse Eu tão maltratado

Tem licença poética para não se apaixonar.

Existe orgulho em cada ferida aberta e seca;

Eu cheguei até aqui abandonando os restos de esperança.

Já não importa mais o que passou.

Em caminhos completos não existe regresso.

 

Agora posso me abrir para você;

O que verá não será diferente do que vê. 

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Comentários

Lindo! Isso é real, mui belo!

Abraços!