O Senhor do Tempo

O senhor do tempo que passou,

Ficou preso num banco de jardim,

Já tem o corpo em forma de assento

Porque se sentou à espera do fim.

 

Fita os ponteiros no relógio a cada segundo,

Que ficam presos a cada olhar,

-Será que o tempo parou de vez!

-Deixou de passar!

Caiu mais uma lua e com ela veio a noite,

Chamou-o para dormir, é hora de sonhar

Com momentos onde o cenário não é importante!

 

As expressões definham e vão caindo

Dando lugar aos espinhos que teimam ficar.

Escorre-lhe a solidão pintada no rosto,

Onde o sorriso deixou de ter lugar.

 

Vê-se no rosto, cansado de esperar,

Que vive a saudade do toque da mão

Daquela que sempre o acompanhou,

Até o “abandonar”!

Vive a vontade de partir, para a reencontrar,

Para poder dizer-lhe que sempre a amou,

E que ela viveu sempre no seu pensamento.

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