O tempo pára

O tempo pára
Na ferida que não sara
E ninguém nos leva o chão

O luar não acaba
Vive do nosso grito de ave
Em suspensão

Somos de mãos dadas
E as coisas submersas em nós
Eternas até ao fim

As palavras são fechadas
Em paisagens brancas
E o silêncio morre em nós

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