O vento
O vento
Sentado na área de uma velha casa
Observando o tempo
Eu ouço o forte ruído do vento
Pintando o céu de poeira,
Folhas, galhos, sujeira
Furioso batendo nas casas e nos carros
Balançando as arvores espantando os cavalos
O vento impetuoso espalha
tormento, medo, incerteza
O vento existe pra nos trazer
A memoria ao certo o quanto somos
Seres frágeis, e totalmente
Dependentes do incerto
Da natureza e da vontade
De quem a domina, Deus
O forte ruído do vento me traz a memoria
A saudade, de dias bons
De alegria, felicidade
Que o tempo levou embora
Sem pedir permissão sem marcar hora
O ruído do vento traz um
Sentimento vago de tristeza e solidão,
Um vazio que amarga que corroe o coração
Esse sentimento perverso consome a alma
Fazendo-a se afogar em magoa
Se desfaz a razão, perde a calma
Pedindo socorro no silencio,
Por não suportar mais a dor
A razão traz a memoria
Uma esperança de consolo e amor
Lembra-me que é só por mais um momento
Que o vento vai cessar a tormenta vai passar
E no meio do ar poluído e cinzento
No coração brota a esperança e a certeza
Que o calor e a luz do sol vai novamente brilhar
Vinicius de Aro