O VIVER É DO HOMEM

O VIVER É DO HOMEM – O PARTIR É DE DEUS

-uma homenagem poética a Adalicio Ribeiro Fidélis-

 

Autora: Dilma Araújo Corado.

Santa Rita de Cássia, 14 de junho de 2018.

 

Dotado de educação sem medidas teve uma infância pautada no zêlo e no amor.

 

Ainda há muito que essa história em vida diga, pois ele, Adalicio Fidelis, tornou-se meu professor.

 

Por uma educação digna, ele lutou; na minha Goiabeira, com meus olhos pude ver.

Sua brava história bem jovem se iniciou; filhos de Goiabeirenses alcançam o saber.

 

Homens formados em advocacia, engenheiros, médicos; muitos deles com doutorado.

Foi tempo de difícil lida, entre o livro e roçado; mais tarde, era mais um jovem formado.

 

Filho da Srª Adália e Srº Badu um (rábula) advogado; Conheceu o berço da regalia.

Tomou banho sem chuveiro, garimpando num terreno árido, sem primazia.

 

Sem pia, lavava as mãos na tacha; mijou no matagal, pois mictório não havia.

Tomou água barrenta de cacimba, pois ele tinha um proposito e disso não desistia.

 

Aceitava toda comida que alguém oferecia; da cultura local ele foi um desbravador.

Com seu jeito, conquistou a todos que o conhecia; do seu trabalho viu o esplendor.

 

Ensinou competição com diversão; fez campos de futebol para os parrudos zoadores.

Palcos de verdade para quem se destacou, sobressaindo como bons jogadores.

 

Zé Benedito, Zé de Loura, Zé Ribeiro, Zé Mariano, Constantino, Louro de Zaca e Biu.

Mário Bispo, Luiz de Celau, Zacarias Sutuba e Fidélis, são valores que sobressaiu.

 

Deu cultura e princípios por puro amor; o que recebia, parecia um ensino de favor.

As moças de lá, não foram esquecidas; bons modos, respeito e educação as ensinou.

 

Para testemunhar: Adelice, Avelice, Lalinha, Edite, Arlinda, Cecy, Birica, Eva e Anja.

Tança, Nina, Jerusa, Cecilia, Judite, Francisquinha, Gonçalina, Betinha e Arcanja.

 

Impossível não lembrar de Dona Catarina, a filha querida do casal Ziruca e Binu.

Perfeita lembrança de Rita e Dos Anjos, ambas filhas de Tio Miguel e dona Satu.

 

Desculpas por alguns nomes não citar; era fase de festa, tudo era motivador.

Dói muito olhar o “antes” e o “depois”; é duro entender o que a vida dele se tornou.

 

Acredito que não haja um Santarritense, que ao vê-lo vagando na rua, não julgou.

Peço que entendam sua escolha; pois foi a vida teimosa e birrenta que ele optou.

 

A vida tem duras penas; hoje fica escrita a história exemplar que Adalicio deixou.

Aqueles que nos últimos anos, ao ouvir seus passos na calçada, a porta fechou.

 

Para cada um, oportunamente, chegará o momento da sua conclusão.

Agradeço a Lourinha de Judite e Celso, por cuidá-lo com amor, zelo e dedicação.

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