Olhos nos olhos
Autor: Frederico De Castro on Monday, 17 December 2018
Às vezes a noite dura toda esta imensa escuridão
O tempo fenece atado a um queixume dilatado e
Gatafunhado em pasmadas palavras repletas de emoção
Olhos nos olhos tinjo os cílios da saudade mais
Bolorenta e periclitante, chapinhando entre brisas
Garridas, leve, levemente estrepitantes
Pendem na noite dois tristes segundos etéreos
Acarinhando o meu silêncio encaixotado na devoluta
Solidão onde espremo até ao tutano este desejo tão avultado
Incisiva e elegante sussurra a manhã apaixonada
Cogitando em nós uma caricia deveras desconcertada
Qual soluçante arritmia de palavras torrencialmente exaltadas
FC
Género: