Ondas silenciosas
Autor: Frederico De Castro on Tuesday, 28 April 2015
Nasceu todo meu dia
aperfeiçoando repetições passageiras
das mais geniais rimas
onde te preparo em cantos
eternos, escritos
como chama literária
sentada em minhas mãos
dialogando harmoniosa e itinerária
nosso agrado que se apressa
feliz e sem escusas temerárias
Provei tuas ondas silenciosas
distintas
desgovernadas
inclementes
passando assim cautelosas
entre lavrados poemas
soçobrando sossegadas
entre o tempo e o espaço
que pavimentamos em cada esquina
onde se escondem
os beijos forjados
tantos abraços entoados
na antiguidade dos tempos
a nós fecundantemente fartos
pelos licores perfumados
nos ventos por ti enamorados
Vivi em ti madrugando
nossas antiguidades solenes
Rendi teu sono aparatoso
onde desmoronaram
minha vida
meras solidões incontidas
em cada lágrima
onde te indago pleno de euforia
onde te fatigo em mim
vencido
de cabeça perdida
por teus desejados abraços
caminhando exedidos de amor
possivelmente extraditados
para o aconchego dos novos mundos
onde agora me devasso
plenamente a ti alojado
Basta de desventuras
faz-me sonhador de tua autoria
olha-me inteira
em cada final do meu verso
sem mais idolatrias
Provoca-me com tuas
suculentas argucias
reveladas pelo ar frasco da noite
onde descuidado em ti aconteço
mais tarde
ou mais cedo
Perpetua-me de saudade
neste exílio revelado
e já sem medo
quando por ti olho conspirando
e depois
bem, depois nos envolvemos
nessa via-látea
de palavras e momentos desvairados
FC
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