Onde nada míngua

Bem parece um monte de imagens sem substâncias

Quando nesta noite dependurada lutamos a brincar.

Princesas da sutileza, reis e tronos,

Eu, um louco com quebras na língua,

Ela, uma bruxa meninota miúda às danças

Para matizes e alguns cheiros de risos

Na esperança a vir a nós andeja correndo.

Agarra-nos pelos braços,

Esquecemos que quando nascemos experimentamos isto,

Só que ao avesso ficamos,

Versos somos.

Cante para o imóvel

Façamo-lo vibrar e tremer,

Faça-nos a nós esta sobremesa no salão destro da treva rapariga. 

 

Beije como nunca beijou antes e pule para

Mergulhar em si

Nada tu até as campinas de ti,

Alma descaracterizada e sem sono.

Narra tu o que a mim aflijo,

O que para mim sou

Que dou para ti, um outro céu sem mancha

E uma outra calma graceja.

É no frenesi que estrelas esgoelam a limpar o mundo

E levam para longe o meu pássaro com asas de metros,

Levam o meu espreitar para o meu tudo inútil,

O quando e o agora

Neste agarro de da do

Do necessário

Que para nada para.

 

Cuspo aqui e prego o meu dente nesta fúria de horizonte

Com diversos tontos bonitos pulos saltitantes ao chão certo e preciso,

Nas faces temos estes atormentados soluços

Estes soluços atormentados tem-nos a face. 

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