ONDE NASCE UMA POESIA SEMPRE COMO POESIA VIVERÁ
Não me venhas de teu mundo que fulguras de anil
Pretendendo que eu vislumbre esse teu cântico naufrágio
Ao som das vozes tão vorazes que soletram nosso adágio
E por fim se dilaceram como um verbo mais senil
Não me digas que é honesto o teu folclórico sufrágio
Nem imponhas ao bom grado o que de fato seja vil
Velejando as correntezas que espargem cantos mil
Que não trazem mesmo nada e nem se alinham em presságio
Não me digas que é certeza o que não tem explicação
E nem me digas que é bem quando não trazes nada bom
Não me digas que é livre o que bater um coração
E nem me faças revogar o que dissona ao teu tom
Pois tua palavra nada traz que aqui sublime essa canção
E nunca eu me afogarei nem cederei deste meu dom
- Contador de Histórias -
(Imagem tirada do site sersank.wordpress.com)