Os Bens da Sabedoria
Nesta xícara de café preto o olhar suplica aos
Adros num amarelidão
Dos dias que voltaram à baila
E como as coisas ainda estavam,
Estávamos no barato e sem preço do dia.
Alcançamos por cá,
Por cá, com o retorno das chuvas
Tornei a escrever-te no meu regar de lilases
Com muitas beldroegas forrageais
Só que tudo ao que termina pede,
De fora ouve-se o chamar deste monte,
Nos ecos sussurrantes falando.
As letras pobres e tristes vieram,
Viemos no caro e alto custo da vida.
O estreito tempo usa um talar
Mal espreita-se seus calcanhares
E como nosso sangue normal é
Impossível fica a ficar nos rumorejos
O souto com pinheirais de todas as preces nossas
Tão lá naquele salto escondem-se quem sabe vossos nossos rostos.
As singelezas ditam:
Aparte-me desta dor com o silêncio de teus beijos
Envolva-me neste manto macio de teus lábios
Que meus sonhos agora são teus.
Vem para mim atlântico de teus braços
Que sou as falésias a receber-te
Que em desespero ponho-me a te cortejar,
Vem para mim brisa suave de teus sussurros
Que com calma durmo no teu olhar,
Cante uma canção ou chore na face
Que sinto o que almas distantes não podem falar
Que sinto o que saudades são prantos
Que torno-me bobo no teu calmo colo
Um pouco de paz deste peito a cochilar.