os nãos da selva

 Um gosto profundo no fundo da garganta revela o timbre ainda que enfermo da cláusula pétrea dos dias que não passarão mais. Ainda que na selva se percam as cartas que estavam guardadas no fundo da parda póstula envelhecida, se empilhavam em tirania para que não se encontrasse em ordem nenhuma antigas revelações entre amantes desajustados: era um não, confesso, puro não, coberto de outra revelação que não se reclinava em partícipes planos de transformação corriqueira, nem mesmo naquelas frutas deixadas no chão no fim da feira, era um tanto que nem a espera era uma quimera, desvendava-se ainda que a causa fosse o tempo impresso em imaculadas voltas de imagem - por ela nada que fosse desistência se colocava como possível futuro - não! Era sem futuro, era quimera, espera, primavera tardia, suspiro, relva abandonada, carga, lapso e entrega que emergiam em rodamoinho de água levando para o alto tudo e nada naquela selva em que eu te esperava.

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