Os velinhos da minha aldeia

Os Velhinhos da minha aldeia.
As costas curvadas pelo peso da idade.
Já, Não sonham mais grandes viagens.
Em Beira mar ou em margens.
 
Os velhinhos da minha aldeia.
Sobre os traços dos seus rostos.
Quantos socalcos lavrados e esteiras.
Pelo tempo e á dureza das lavouras.
 
Os velhinhos da minha aldeia 
Não viram mais lindas páginas.
Um caldo como bebida.
Um pouco de pão que se compartilha.
 
Os velhinhos da minha aldeia. 
Que com o tempo tem-se tornado sábios.
Quase ignoram a linguagem.
Dos lindos discursos na sua homenagem.
 
Os velhinhos da minha aldeia.
Não querem ir para uma gaiola.
Deixemo-los viver um pouco mais
Na casinha da sua aldeia.
 
A velhice muito frequentemente faz-nos medo… e no entanto, tem tanto a nos ensinar ainda…
 
Um olhar justo mas triste… e se pudéssemos pôr o nosso olhar mais distante que a imagem… pôr o nosso olhar sobre o homem, aquilo ajudar-o-ia a permanecer de pé, no fim da viagem.
Género: