Os Ventos Rudes
Autor: André Claro on Tuesday, 19 September 2017
O vento acabou,
Os lenços que sobraram,
Foi de quem não chorou
Quando o vento soprou.
Um sopro que me trouxe
Um bater diferente
Em meu coração,
Que ora falha,
Ora pede clemência.
Depois do vento,
Falta-me ar,
Falta-me vida,
Falta minh’alma opulenta.
O vento se fora.
Se ventar, será um novo vento,
Não aquele mesmo,
Que te trouxe e levou embora.
Ou seja: um outro vento,
Que me fará dispensar tudo,
Até mesmo lenços.
Poesia integrante do livro: O SORRISO ELETRÔNICO E OUTRAS POESIAS
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