Outono de véspera

Retirei, o agridoce, das
Vírgulas das pessoas
Que me transcendem...
Coisas que se misturam com
O nada da gratidão, a humildade
E a verdade de um sentido
De vida!
Gosto de olhar para ti,
Mesmo quando não me sentes,
Fico feliz com o segredo das
Noites, quando contas ao
Vento, de quem amas...
Tenho sede de ti, descansar
Da vigília das tormentas
Em que se bebe igualdade
Numa sincera ternura
Gostar das últimas vezes em
Que o nosso sorriso, comandou
Os sonhos!
Sei que até posso vacilar
Nas coisas mais simples,
Beijar as tinas de água,
Como quem as cria...
Percorrer factos comuns,
Aqueles que ligam o
Fogo dentro de nós,
Aqueles que desejam viver,
Até que um sopro de um amor
Os proteja, e os lírios se
Deitem em alto mar,
Lá bem no alto, das tendas
Brancas
Dos que nunca
Desistem
De nada...

Bartolomeu Ribeiro da Costa Cabral

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