Outrono

Caem castanhas no meu sono

Perante o céu frio do gueto

Descansa o cadeirão outrono

Pinturas em pastel seco

 

Arqueio mil arco íris

Do nevoeiro da fogueira

Prenda do primo Osíris

Um copinho d´uva lameira

 

Em passadas caducas

O Sol acolhe o serão

Estaladiças não são frutas

Sementes deste verão

 

As cores da metamorfose

Darão asas de lagarta

E poeto sem que prose

Um passeio pela mata

 

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