Pó
Autor: Asia Douglas Allen on Wednesday, 31 January 2018
Há uma inocência guardada
no teu respirar
no coração pendurada
marcada com vagar
que se esconde negra e só
e com o passar dos anos vira pó.
Há uma crença
Infundada no material
Que nos rouba a presença
Festeja com o banal
E cresce só
Para que um dia vires pó.
Há saudade que não fica
De quem nos abandonou
Da raiva que se estica
Pela dor que nos marcou
E caminhas só
E o amor virou pó.
Há amor sozinho em ti
Sem que o sintas e te saibas
Há mar e terra onde vivi
Que aumenta a alma para que não te caibas
E um dia o mar está só
E a terra vira pó.
Há lágrimas que caem
Em rostos frios e maduros
Frases lentas que não saem
E nos lembram puros
E um dia cantas só
E essa canção torna-se pó.
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Comentários
Marcos Rossi
6ª, 02/02/2018 - 14:28
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Parabéns, belíssimo poema,
Parabéns, belíssimo poema, profundo e bem construido. Abraço