PAGÃOS AMORES DE UM APRENDIZ

Furtivos amores pagãos que outrora me saciaram

Vividos em múltiplos castelos de damas aromatizadas

Cunharam na moeda do prazer sentimentos juvenis

Despertaram a minha Rodrigueana face varonil

Abrindo-me um horizonte profuso de desejos ilimitados

 

Nas noites exacerbadamente maquiadas

Luzes vermelhas me coloriam a mente fertilizada

Onde a minha nudez reiteradamente era premiada

Pelas sagazes e efêmeras donas do meu corpo

 

Nas lembranças de um amante aprendiz

Impudicos verbetes reverberados nas câmaras de prazer

Estrofes construídas entre a febre convulsiva do desejo

E as noites insones nos charcos dos colchões retorcidos

 

Nos frugais cômodos de aprendizado

Onde a libido contrariava a física

Onde qualquer faísca tornava-se incêndio,

Coabitavam sons rebeldes e intermitentes

Diante da maestria dos movimentos das camélias sorridentes

 

Gemidos que descortinavam na penumbra a tenra iguaria

Adornavam cavalgadas coloridas e sobremaneira prolongadas

Retórica da transpiração fogosa da juventude

Que culminava em inéditas sensações portentosas;

Furtivos amores pagãos que outrora me ensinaram

 

Género: