Paixões

como musicas que nos entram nas narinas

e directas ao cérebro entoam,

um bem estar, capaz de fazer chorar... e rir...

Vontade de amar...

A vontade que não passa.

Mas tenho pressa.

Quem espera desespera e

eu quero sair dessa...

Solidão seca, que suspira,

no meu travesseiro e olha o tecto,

ora com humidade ora pintado de novo.

O candeeiro é outro,

Mas as luz é a mesma.

Ilumina a escuridão que estava fora de mim

mas olho para dentro e continua escuro.

O pecado que sazonalmente me engana.

Obturo…

Quero amar-te e viver.

O dia a dia de quem ama.

Quero levar-te a ver o mar e aconteceu...

Olhar o céu dando a tua mão

e mais uma mãozinha que apareceu.

Entre nós, o desejo...

Não mais é pecado...

Para já um beijo...

E os meus dedos que sobem a tua nuca

e invadem os teus cabelos,

perfumados, sedosos.

O meu rosto passa pelo meio deles

e pelo nariz, respira a tua vida,

a tua sedução…

Ali, caminhando,

pelo chão da praia na noite de verão.

Velas ao vento no mar,

levaram o meu tormento e já não se vê.

Agora sinto toda a natureza pintada de fresco.

O teu olhar brilhante regou o meu coração...

Já não há inverno, apenas verão.

E uma mãozinha no meio de nós,

nos lembra que afinal foi a sério.

Aquela noite, envolta em mistério.

Que nos fez descobrir um ao outro...

A brisa perfumada do teu cabelo,

que tocava sistematicamente na minha cara

e sentia o calor do verão na tua boca.

Sim, respirava como louca.

Misteriosa...

Me revelava agora segredos ao ouvido,

que escrevi no meu coração

agora despido e aberto para se unir ao teu, deserto...

Que chamava por mim, para te salvar,

porque como eu querias amar e mar

Olhamos as estrelas e caminhamos para casa.

Porque um novo sonho nos espera

e é preciso dar uma ajuda a todos os sonhos...

Vamos dormir...

Mário Silva

22/03/2018