Para ti

Para Ti... que eu escrevi
os primeiros versos, desfolhei
páginas em branco de um velho caderno
Ele se tornou um diário, tantas vezes
dia após dia eu comecei a escrever
a traduzir os sentimentos
Deixando fluir, em palavras, expressões
adjetivei teu ser feminino
Para ti criei todas as palavras
gravei nos anais da eternidade
as sensações... os desejos e os delírios
Dei ainda voz as fantasias
aos pensamentos, aos desejos não realizados
aqueles vivenciados até do fim
Atentes do nosso rompimento
Vivemos intensamente, com volúpia
aquelas loucuras transcendentais
Tempos áureos... pretéritos
que ainda guardo comigo
Marcastes minha existência,
e o melhor, o bom de tudo ficou registrado
nas entranhas deste meu ser hoje
(DiCello, 06/10/2020)

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