Peixe

Eu conheço bem a amargura
condutora lacrimal
é a salinidade da vida!
Um par de botas desgastadas
Obriga a rota repensar
Rio particular , meu aquário ,
Não ensina
Os atalhos da luz.
Conhecer a dor
Dentro e fora deste casulo
Um pinguinho de bem
Distante da amargura lacrimais .
Conheço o sal destes dias!
Recordo a criança
E seu mundo sem abalos.
Era assim, antes das botas desgastadas
De percorrer léguas ciganas
Havia felicidade
Na vida de aprendiz.
Para chegar a outra margem do rio
Da extinta tribo indígena
Deixou de ser principal a vida
Vou de bote salva vidas
Não grito só por mim
Neste tédio acampado .
Na falta de dias comprometidos
Do cuidador maior deste pais
A uma desconcentração de consciência.
Fome, a perseverante !
Na Amazônia descampada
Uma dor presente
Todo tipo de arma presente.
Dos inimigos apoiados na lei.
Eu não quero um aquário perfeito
Chega de sentir dor no peito
Chega de cercanias profanas
Ração e drogas ,
O oceano e melhor que isto.
Quero ser como meu signo
Voltar ao mar
E morrer feliz
Sabendo porem que matarei
A fome de um século.

Género: