Pela janela...

E, se olhar pela janela

surpreendendo-se com as ruas vazias

elas gritam em silêncio

mergulhada na mais profunda solidão

Olho, vejo que é em todos os lugares

Seja em Pequim, Madrid ou no Japão

pode ser em Havana, em Santiago

e até em Bonn, Amsterdã

Em todos os cantos do planeta

Norte, sul... seja nos trópicos

As ruas e avenidas estão desertas

essa vida que vivemos até ontem

não é mais a realidade

Vidas que se findam, outras se recuperam

Daqui em diante, precisamos aprender

reaprender a nos amar mais

Aquele amor humano

para fixar a certeza da perpetuação

Sim, a nossa espécie precisa

Lutemos juntos afim de acabar

com os preconceitos mundanos

Sexo, cor da pele, religião

Sejamos uma só humanidade

tenhamos um plano, um planejamento

e desde já, comecemos a AMAR

não importando as condições

(DiCello, 02/04/2020)  

Género: