Perdão ao universo

Fiz coisas que hoje me arrependo

usei pessoas… fui usado para satisfazer

para permitir-me sentir liberto

desejado… etéreo fazendo sexo

Com uma, com outra… com prostitutas

me permiti fazer loucuras… ousadas

Deixei que corpos me dominassem

que almas sem brilho inflamassem

Fiz coisas… atos que me arrependo

machuquei corações… prostituí universos

dói-me saber, que repeti vezes e vezes

o mesmo caminho que me levou

me conduziu ao inferno

Por muito tempo guardei dentro de um baú, 

sim, relíquias daqueles feitos…

fiz e os vivi sem me importar com nada

apenas pelas vivências perversas

Loucuras… vontades da alma… apenas sexo

sem amor… sem sentimentos… fui hipócrita

Mas me arrependo… sim, arrependido

quero amar sem tempo… mudar o futuro

mudar a obscuridade de outros tempos

Hoje, abro meu baú…vou livrar-me de tudo

aquilo que um dia glorificava

como sendo o certo…. sem dor

nem peso na alma… me enganando

achando que fazia o certo

Desculpe, tenho que me desculpar

pedir perdão ao universo

Escrevo meus versos, baseados no real

daqueles tempos vorazes e perversos

Repeti vidas passadas em atos

em momentos de luxúria e sexo

(DiCello, 03/11/2016)

Género: