Poema Adormecido
POEMA ADORMECIDO
Poeta tímido, que te escondes no silêncio cinzento do teu poema
Castrando a inspiração na brandura da tinta dormente do teu verso
Eu moro onde habita a tua dor, nessa estrada que percorre a tua pena
Bebo a água fria do teu lago, onde a inspiração, ascende ao universo.
Poeta sem língua, filho de um poema esquecido
Fustigas o remorso no castigo de uma vida sofrida a sós
Transportas a angústia no choro da tua aura de poeta adormecido
Queres que seja branda essa dor, então, faz da pena a tua voz.
Não te deixes amordaçar no riso humano de estéril substância
Onde o materialismo perdura e se cultiva a ganância
No teu peito aberto, brota a chama e o calor desse poema ardente.
E se tudo vale a pena, então vou seguir os atalhos da tua alma
Sentir a magia do poema adormecido, que desperta nesta manhã calma
Iluminado neste sol cálido, que te aquece esta vida tão só e penitente.
João Murty
Comentários
Laurinda Spinola
5ª, 21/11/2013 - 23:58
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Murty,
Murty,
Gostei muito. Continua ganhaste uma leitora.
Laurinda
josé João Murti...
6ª, 22/11/2013 - 01:35
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Obrigado pelo comentário
Cara amiga, fico feliz por gostares dos meus poemas e espero que continues os ler pela vida fora. Era sinal que continuávamos neste mundo por algum tempo.