Poema Adormecido

POEMA ADORMECIDO

Poeta tímido, que te escondes no silêncio cinzento do teu poema
Castrando a inspiração na brandura da tinta dormente do teu verso
Eu moro onde habita a tua dor, nessa estrada que percorre a tua pena
Bebo a água fria do teu lago, onde a inspiração, ascende ao universo.

Poeta sem língua, filho de um poema esquecido
Fustigas o remorso no castigo de uma vida sofrida a sós
Transportas a angústia no choro da tua aura de poeta adormecido
Queres que seja branda essa dor, então, faz da pena a tua voz.

Não te deixes amordaçar no riso humano de estéril substância
Onde o materialismo perdura e se cultiva a ganância
No teu peito aberto, brota a chama e o calor desse poema ardente.

E se tudo vale a pena, então vou seguir os atalhos da tua alma
Sentir a magia do poema adormecido, que desperta nesta manhã calma
Iluminado neste sol cálido, que te aquece esta vida tão só e penitente.
João Murty

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Comentários

Murty,

Gostei muito. Continua ganhaste uma leitora.

Laurinda

 

Cara amiga, fico feliz por gostares dos meus poemas e espero que continues os ler pela vida fora. Era sinal que continuávamos neste mundo por algum tempo.