Poema Das Gritarias

Uma xícara de chá!...
Fumaças-cigarros-verdes
Na tarde-luz-do-meu-dia
Lembrei de toda uma vida.
 
(Mas nada superaria
Aquele poema escrito
No meio das gritarias!)
 
Olhava para a porta
Aquela luz-forte-do-dia...
De presente natureza morta
Eu... Eu olhava para a porta
E a porta não me sorria!...
 
Esse caos sujo e lotado
Envolto em muita agonia
Lembra os nossos erros
E as nossas frustrações
O erro nos persegue:
Nossa apatia humana
Não volta, só segue!...
 
Em guerra povo aniquilado
Em terra povo escravizado
Bilhões de corações
Um jogo injustiçado...
 
A Elite e a Miséria:
O eterno conflito pelo conforto
A justiça vencida pela corrida!...
Um navio ancorado no cais do porto.
O cargueiro é a porta para essa vida
A justiça é conquistada pelo confronto
Dos que vão até o fim pela saída!
Não fomos mortos, somos vivos! Viva!
 
Tenho problemas respiratórios
Eu passo o meu dia tossindo.
Esse ar que nós respiramos, poluído
 
Bom!
Só mesmo uma xícara de chá...
(Fumaça dos cigarros verdes)
Dia de praia, no carnaval, bah!
É muita sede! É muita sede...
 
Muita vontade pra pouca vida
Telefones; pães com mortadela
Toda medalha eu conquistaria
Quem?!? Me diz, quem diria?!?
Quem diria, eu e ela?!...
 
Mas sei que nada superaria
Aquele poema escrito
No meio das gritarias
 
17 . 07 . 2014
22 . 07 . 2014
 
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