Poema de Calma e Poema de Raiva
Autor: André Claro on Tuesday, 21 November 2017
Olhando-me agora
Como uma peça airosa,
Com cheiro de tulipas, não de rosas.
Oh, parece a Bossa nossa!
Olhando-me onde mesmo?
Nalgum espelho que se esconde?
E outra: não importa também
Se flores, rosa, tulipa, não temos,
Nada.
Só é curioso o que traz essa fragrância
Que me faz espreguiçar de tanta paz.
Mas sei bem onde me vendo estou,
Fingindo o filósofo na encruzilhada
Entre a esquina do teu repouso
Com a rua da minha calma.
Olhando-me agora
Como uma peça desairosa,
Com cheiro de tulipas, não de rosas.
Ah, para, nossa!
Olhando-me onde?
Nalgum espelho que se esconde?
E outra:
Não tem flores, rosa, tulipa,
Nada!
E o que traz essa fragrância
Que me faz espirrar de tanta raiva?
Sei bem onde estou me vendo.
Peço respostas na encruzilhada
Entre a esquina da tua indiferença
Com a rua da minha mágoa.
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