Poema de outrora

Poema de outrora

 

Quando me deito em prado verde

Sinto o olor das flores silvestres

Perfumarem meu rosto com seu afago

Adormeço profundamente em relva húmida

Ao som do cantar das cigarras

Desce sobre mim o céu azul

Tua voz serena me desperta

Quero apenas ler, ler o que não vejo

Encontrar o poder de voltar ao mundo

Que perdi, sem o viver

Procuro lembranças que não existem

Outrora não era o que parecia…

O sol é belo, dizem os pássaros

Desde o aconchego dos seus ninhos

Cantos de silêncio

Surgem no meu coração de poeta

Outrora a noite vinha de mansinho

E eu subia pela luz das estrelas

Corria livremente por campos

Semeados de luar

Outrora a vida era mais bela, galopava levemente

Sob a natureza ao sabor do vento

Tudo era luz, alegria, cor

Os jardins eram mais belos

Meu coração vestia de esplendor!

 

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