Poesia como doença transmissível

Conclui-se a vida como enfermidade, e o homem, principalmente o poeta, hospedeiro dessa doença. Todas as alegrias, desencontros e angústias precedem o crepúsculo da poesia. Toda vez na qual sofro tenho a miserável consciência de que isso servirá de material poético. Sempre sofrerei para sustentar o meu parasita; infelizmente o meu sadismo doentio, assim como todos os poetas, faz essa doença contagiosa permear por milênios. Maldito Homero, senhor da poesia, que ao invés de se tratar, escreveu poesias.
 
 
 
 
 
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