Poesia rasgada
Autor: Duarte Almeida Jorge on Friday, 30 October 2015
Esse teu olhar sabe muito mas não conta nada.
É como o teu sorriso que esconde subtilmente a vontade de partires.
Sensato o ato precoce de teres arrancado o teu coração.
Enquanto que eu num fingimento inútil tento ignorar o meu.
Apaixonadamente beijei os lábios da indiferença, e nem o seu sabor senti.
Um calor que não aquece quando o que mais precisava era de me aquecer.
Depositéi-me na esperança que talvez através do meu amor tu despertasses o teu.
Mas a saudade que sentias de ser feliz foi com o passar do tempo empurrando a minha para um canto escuro.
Um recanto onde não chega a luz, onde apenas resiste a minha poesia rasgada, e esquecida pela vontade de ser lida.
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