Poeta

Roto e descalço o poeta escreve seus versos.
Deambulando aqui e acolá faz de sua arte afago para a fome cujo talento não enche barriga.
A troco de cêntimos ou euros dos mais generosos capricha sua escrita de modo a encher sua marmita.
Ao menos lhe dessem também uns sapatos que os calos e feridas são duros de aguentar.
E também uma vestimenta nova que andar roto não dá dignidade ao seu ar.
Faz um poema de amor a uma dama rica que passa e que de lado o parece ignorar mas ao ler tal encanto de poema decide dar-lhe grossa grojeta e um lar na condiçao de ser seu poeta para as noites se encantar e oferecer ao seu noivo poemas de amor com quem vai casar.

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