Poetar XVII

 

    Poetar XVII

                                                                                               Prosa poética

    E ai......
    Conhecemo-nos em um arroubo vivaz e logo
    Meu mundo declinou,
    Todos meus conceitos, sonhos, ilusões, desilusões,
    Paixões, sazões, tudo...
    Esvaiu-se nesse entrementes...
    Fora só olhar-te, somente isso...
    Nesse átimo presente de pretéritos pensamentos,
    Vivo como um elétron irrequieto ao átomo, eu sinto-me
    Preso ao teu amor... Vivo a voltear teu cerne...
    Como fora profícuo encontrar-te... [conhecer-te]
    Um desvalido poeta com seu sonho translúcido,
    Vivendo o azo conspícuo do retilíneo perspícuo amor...
    Neste mister vivo a austeridade de lha conhecer...
    Deveras não poderei elucidar e nem atinar àquele
    Momento de um mirar dardejante,
    Aluviões de cogitares jocosos expugnaram a mente
    De tão simplório ser ... [Esse que vos enaltece]
    Ah, minha linda flor indelével, rosa azul no deserto
    De esse meu exímio devanear,
    Donzela que pelo mundo pusera-me a te procurar...
    Ah... Seus olhos turquesa, lábios framboesa, sorriso beleza,
    Cabelos proeza... [leveza]
    Ah... Mais bela princesa, ode de minha existência,
    Minha excelsa ciência, meu seleto e único amar! ...
    [Meu soneto alexandrino, feito per mar]
    Venho através de parco transcrito na pena de um
    Frágil proscrito, na busca da genuína efígie do amor,
    Dizer-te um velho estupor e declamar meu amor
    Em exequíveis prosódias de um eufemismo latente [perene]...
    Quero que compreendas, atine e não desalinhe a renegar,
    Tire-me tão grão acinte de lograr não poder te amar...
    Escrevinhei eu tal prosa no expropriar pedante,
    Entre loquelas e querelas direciono-te plácidas, mas retumbantes,
    Panegírica alusão a quem afanou o meu coração
    No afago de um vicejante amar... [augusto, faustoso amar...]
    Quando leres furtivamente saberás que a ti fora redigido tão
    Exíguo versar...
    Na verbosidade desse momento, decerto direi meu lenimento,
    Sim sou um poeta errante, cavalheiro constante,
    Vivendo a utopia tenaz na pernóstica predica da patuleia,
    Acróstico derradeiro de meu inepto pesar, entrementes
    Aprendi a te amar e isso não hei de postergar...
    Quero somente te amar... A cada dia mais e mais aquilatar no alvitre,
    Será recíproco esse sempiterno amar? ...
    Hoje em ti vivo em meu elucubrar, confabulando
    Posto no absorto acabrunhar, de um quiçá,
    Vaticinado malogro, de convosco, minha eterna princesa
    Prendada nunca... Poder estar...
    [Tão somente vivendo o meu solilóquio, amar] ...

    Leandro Yossef (20/12/2013)

     

    Género: