POR TEU DIVINO VERBO

Por teu divino verbo
Sigo ao sabor do teu rastro;
A natureza me dá sua bênção
Me conduz à sagrada safira
E faz de um mambembe colchão
Um santuário envolto em cetim.
 
Qual musa quixotesca
Na sobrehumana Dulcineia encontro a pólvora à espera de uma centelha
Ao simples toque, a atmosfera se incandesce;
Das tuas palavras armo minha infantaria
Das minhas vestes, desarmo-me
Fazendo-te prenhe da febre mais convulsiva
Fazendo-me o teu mais pragmático berço.
 
Liberta de todos os teus pecados
Montada na sela selvagem da emoção
Teus fetiches são banhados pelos taninos do vinho jovem
Enquanto a fogueira voraz que abrasa teu ventre
Irradia teu frenesi por sobre meu peito.
 
O minueto libertário se processa
Sobre a alma da fêmea recém-desvirginada;
O compasso marca o ritmo do prazer
Culminando no grito vermelho da liberdade;
A face rubra e franzida
Desterra com veemência a dor
Traduzindo num suave sussurro
A verdadeira essência do amor.
 
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