Porque morre o tempo...
Autor: Frederico De Castro on Monday, 27 October 2014
Porque morre o tempo...
Se na maré a seguir
tão sózinho me perder
e mesmo assim
em teus rios me deixares aportar
dando-me a rota na qual devo
ou não afluir
então
nosso amor mostrará
quais os caminho por nós
apossados e maquilhados
na pareceria apaixonada
de dois seres nunca decepcionados
Eu estarei sempre
ali onde todos me quiserem
onde tu precisares de mim
pois agora nada existe pra mudar
o inverno chegou
remido
enseminando vorazmente
cada semente com que plantamos
o jeito feliz de uma utopia
adornada na placidês estonteante
de um súbtil toque profano
Venham comigo todos aqueles
que quiserem compartilhar
um cálice de vida
o perfume diurno
que as flores te roubam de dia
uma caricia feita de palavras
jogadas na eira saudosa
da minha ausência
qual esperada ou rogada oração
perdida na eminência
de uma fé sem tamanho
como o tempo sonhado que passa
enquanto aqui ficamos mais sós
passando nós pelo tempo
e sem pressa o tempo morre
imóvel,
no súbito e estático momento
FC
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