PSICOSE

Astucioso e desvairado, talvez seja eu assim,

Em minha audácia tresloucada sigo em frente

Driblando orgulhos em busca da sutil semente

Que germinada será fruto do que vejo em mim.

 

Perambulo tonto sobre a esquizofrenia laica

Torneando desejos que parecem mentecaptos,

Em linha reta os vejo livres, então os rapto

E os prendo entre estribilhos de minha mágica.

 

Pareço néscio? Não! São atributos de vanguarda

Que tento entronizar e a eles dou minha farda

A fim de que sejam os anfitriões do meu castelo...

 

Trata-se de uma alienação que protege o nome

E o dá aos cabedais prosaicos que se consomem

Sonhos reais que estão entre os mais belos!

 

 

 

De Ivan de Oliveira  Melo   

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